- China reforça controlo sobre exportação de terras raras à medida que tensões comerciais com os EUA aumentam
- Elementos de terras raras — o recurso estratégico do século XXI
- Um jogo político pela supremacia tecnológica
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A China está a impor restrições abrangentes à exportação de metais de terras raras e tecnologias relacionadas, marcando mais uma escalada na sua guerra comercial com os Estados Unidos. As novas regulamentações, em vigor desde 1 de dezembro, exigem licenças de exportação mesmo para produtos que contenham quantidades mínimas desses materiais essenciais. Embora Pequim apresente a medida como uma forma de proteger a segurança nacional, ela também exerce pressão adicional sobre as cadeias de abastecimento globais e o mercado tecnológico mundial.
Os metais de terras raras consistem em 17 elementos químicos essenciais para as tecnologias modernas — desde semicondutores e ímanes para motores elétricos até baterias para veículos elétricos. Embora esses materiais não sejam particularmente raros na natureza, a sua extração e processamento são altamente complexos e caros. A China controla cerca de 70% da mineração global e até 90% da capacidade de processamento desses metais, o que lhe confere uma posição dominante no mercado.
Novas regulamentações — resposta de Pequim às medidas dos EUA
De acordo com o Ministério do Comércio da China, as novas regras bloqueiam a exportação de terras raras e tecnologias ligadas à produção de semicondutores ou componentes militares sem a devida aprovação. As restrições também se estendem aos equipamentos utilizados na fabricação de baterias para veículos elétricos. Pequim argumenta que essas medidas impedem o uso desses materiais para fins militares, mas também comunicam claramente sua posição em meio às crescentes tensões com Washington.
Especialistas afirmam que as medidas visam o setor tecnológico dos EUA — incluindo empresas como Nvidia, AMD e TSMC — que dependem de terras raras para produzir chips e componentes avançados utilizados, entre outras coisas, em inteligência artificial e eletrónica de ponta.
Impactos na indústria
- Fabricação de semicondutores: Empresas como Nvidia, Apple, TSMC, Samsung e SK Hynix dependem de terras raras para a produção de chips. As novas regras podem atrasar a expansão de fábricas fora da China e aumentar os custos de produção.
- Setores automóvel e energético: Esses metais são essenciais para a produção de ímãs usados em motores elétricos e para a fabricação de baterias. As restrições à exportação podem elevar os preços dos componentes e atrasar o lançamento de veículos, bem como projetos de turbinas eólicas.
- Segurança nacional: As proibições à exportação para uso militar ressaltam as preocupações da China com o uso desses materiais na competição tecnológica e militar, especialmente em IA e sistemas de armas avançados.
A decisão de Pequim de reforçar o controlo sobre as exportações de terras raras não é apenas uma medida de política comercial, mas uma manobra estratégica na rivalidade tecnológica global. A China está sinalizando que possui poderosos trunfos nas negociações com os EUA, usando seu domínio sobre matérias-primas estratégicas como vantagem.
Em resposta às sanções dos EUA contra a indústria de semicondutores da China — particularmente em torno da IA e chips avançados — Pequim está a demonstrar que pode retaliar simetricamente, restringindo o acesso a materiais vitais para a produção de componentes tecnológicos essenciais. Esta jogada geopolítica destaca como o controlo sobre as terras raras se tornou um elemento central da guerra comercial e da competição estratégica mais ampla entre as potências mundiais.
Como resultado, as nações ocidentais estão a ser obrigadas a acelerar o investimento na diversificação da cadeia de abastecimento e no desenvolvimento de capacidades de processamento domésticas. No entanto, construir independência do monopólio da China levará tempo e capital substancial — representando riscos de curto prazo para a estabilidade das cadeias de abastecimento globais.
O fortalecimento das regras de exportação de terras raras pela China sinaliza uma mudança crucial na competição tecnológica e económica global. Empresas e governos em todo o mundo devem-se preparar para possíveis interrupções nas cadeias de abastecimento e maior controlo estatal sobre recursos estratégicos. O imperativo de longo prazo será diversificar as fontes de abastecimento e promover tecnologias alternativas para reduzir a dependência global da China — aumentando, em última instância, a resiliência em setores críticos para a segurança e o crescimento económico.
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