A EDP Renováveis (EDPR) divulgou os resultados referentes aos primeiros nove meses do ano, evidenciando um desempenho misto. Apesar da melhoria operacional e do aumento das receitas, registou-se uma descida expressiva dos lucros, devido a efeitos não recorrentes. As ações da EDPR têm refletido este equilíbrio entre ganhos de eficiência e pressões nos resultados líquidos, num contexto de maior seletividade no investimento no setor das energias renováveis.
Produção e receitas sobem com destaque para a energia eólica
A produção de energia aumentou 14% face ao ano anterior, atingindo 30 TWh, com Europa e América do Norte responsáveis por mais de 85% do total. Apesar do crescimento da capacidade solar, a energia eólica permanece dominante, representando 74% da produção. O preço médio de venda caiu 9% para €54,2/MWh.
As receitas cresceram 16% para €2 mil milhões em relação ao mesmo período do ano passado, impulsionadas pelo aumento de 4% nas vendas de eletricidade. Os custos operacionais subiram 8% para €783 milhões, mas a eficiência melhorou significativamente, com o Core Opex ajustado por MW médio a cair 13% para €40,7 mil/MW.
EBITDA cresce, mas lucros recuam devido a itens não recorrentes
O EBITDA aumentou 7%, atingindo cerca de 1,4 mil milhões de euros. O lucro líquido reportado fixou-se em 107 milhões de euros, uma queda de 47% face ao mesmo período do ano anterior, influenciada negativamente por 82 milhões de euros em itens não recorrentes — incluindo imparidades na Europa, depreciação acelerada de um projeto eólico nos EUA e custos excecionais na plataforma offshore norte-americana.
Investimento mais seletivo e aumento da dívida líquida
O investimento bruto atingiu €1,8 mil milhões, uma redução de 21%, concentrado em 90% na Europa e EUA, refletindo uma política de investimento mais seletiva e focada em mercados core e de menor risco. A dívida líquida totalizou €9,2 mil milhões, um aumento de €0,9 mil milhões face a dezembro de 2024.
Avaliação geral e desempenho das ações
Em suma, a empresa conseguiu melhorar as suas principais métricas financeiras. No entanto, considerando que se trata de uma growth stock, esse crescimento tem-se revelado relativamente lento. Ainda assim, o facto de a empresa ter registado uma melhoria no EBITDA e nas receitas demonstra que está a seguir um caminho com potencial de expansão, partindo do pressuposto de que as imparidades que afetaram os lucros não se repetirão.
Por outro lado, o nível de endividamento continua elevado, situando-se próximo do valor do capital próprio, o que deverá continuar a ser acompanhado de perto pelos investidores. No que diz respeito às ações da EDPR, estas têm apresentado uma tendência altista bem definida no curto prazo, acumulando uma valorização superior a 95% desde os mínimos de abril, embora ainda estejam longe dos máximos registados em agosto de 2022.
Análise Técnica - EDPR
Após mais de dois anos de tendência descendente, as ações da EDP Renováveis (EDPR) voltaram a apresentar um movimento de recuperação. Apesar da queda de cerca de 4% registada na sessão de hoje, na sequência da divulgação de resultados, o título mantém, por agora, uma estrutura técnica de curto prazo ainda favorável.
No entanto, o comportamento recente do preço revela algum sinal de fraqueza. Uma correção adicional não pode ser descartada, podendo o ativo recuar até à zona da média móvel simples de 50 dias (SMA 50) (Linha vermelha), situada em torno dos 11,70 €. A perda desse nível abriria espaço para uma nova aproximação ao suporte dos 11,20 €; uma quebra sustentada abaixo desta área pode sinalizar o fim da tendência altista de curto prazo, deixando como último suporte relevante a média móvel de 200 dias (SMA 200) (Linha Amarela).
Por outro lado, para que o cenário positivo volte a ganhar tração, será necessário que o preço supere a resistência dos 13,80 €, correspondente aos máximos recentes. Só esse rompimento confirmaria a continuação do movimento de alta.
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