As ações da Boeing (BA) estão em queda de quase 3% no pré-mercado nos EUA, após relatos de que a China instruiu suas companhias aéreas domésticas a interromper o recebimento de aeronaves adicionais do fabricante americano, em meio à escalada da guerra comercial entre os EUA e a China.
Segundo a Bloomberg, citando fontes anônimas familiarizadas com o assunto, Pequim também teria solicitado às companhias aéreas chinesas que suspendessem as compras de equipamentos e peças de aviação de empresas dos EUA.
Teoricamente, se a Boeing não puder entregar aeronaves à China, há o risco de que o ciclo de vida de aviões mais antigos seja estendido — ou seja, eles permanecerão em operação por mais tempo ao invés de serem substituídos.
Isso parece favorecer os negócios de algumas empresas norte-americanas, como a Heico (HEI.US), que tem forte ligação com a Boeing, ao aumentar potencialmente a demanda por serviços de manutenção e peças de reposição para aeronaves. As companhias aéreas também podem ser forçadas a intensificar os esforços de reparo e manutenção para manter suas frotas operacionais. As ações da Heico sobem quase 1% no pré-mercado hoje; além disso, a empresa tem exposição muito baixa ao mercado chinês.
As novas tarifas sobre importações dos EUA mais que dobram o custo de aeronaves e peças fabricadas nos Estados Unidos, tornando impraticável para as companhias aéreas chinesas aceitarem entregas da Boeing. As ações da Boeing acumulam queda de mais de 10% no ano, e a empresa ainda não respondeu a um pedido de comentário. A guerra comercial em andamento aprofundou os desafios estratégicos da Boeing.
Fonte: xStation5