Os preços do cacau voltaram a ultrapassar os 10.000 dólares por tonelada, levando a uma enorme liquidação de posições curtas. A recuperação dos preços ainda é impulsionada por preocupações sobre a diminuição da oferta global de cacau, mas, em geral, o apetite pelo risco entre os especuladores é alto, levando a um forte posicionamento em algumas commodities, como o cacau e, nos últimos dias, também o cobre. Os fornecedores de cacau da África Ocidental poderão não cumprir os contratos de fornecimento, uma vez que persiste a pior escassez de oferta dos últimos 40 anos.
Para já, a produção de cacau ainda mais baixa na Costa do Marfim, o maior produtor mundial, é o maior impulsionador da tendência. Os últimos dados do país mostraram que os agricultores enviaram 1,3 MMT de cacau para os portos de 1 de outubro a 7 de abril, uma queda de 27,8% em relação ao ano anterior.
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Abrir Conta TESTAR A DEMO Download mobile app Download mobile appA Ecom Agroindustrial espera que a produção da Costa do Marfim em 2023/24 (até setembro) caia -21,5% em relação ao ano anterior (para um mínimo de 8 anos de 1,75 MMT). Mesmo a maior oferta futura esperada do Brasil não impediu o aumento dos preços do cacau. A razão para tal deve-se provavelmente ao longo período de tempo necessário para o renascimento da produção brasileira.
Mercado complicado
- O Cocobod do Gana disse em 25 de março que a colheita será de apenas 422.500 MMT a 425.000 MT. É apenas metade da primeira previsão do país e um mínimo de 22 anos. As razões para tal são as condições climatéricas e as doenças que atacam as culturas. Além disso, as baixas exportações de cacau da Nigéria (o quinto maior produtor mundial) não são otimistas. As exportações de cacau da Nigéria em fevereiro caíram -18% em relação ao ano anterior, para quase 26.100 MT.
- As projecções para a colheita intermédia do Gana, com início em julho, foram reduzidas para 25.000 MT, em comparação com uma previsão anterior de 150.000 MT. A entidade reguladora do cacau da Costa do Marfim disse, a 7 de março, que espera que a colheita intermédia da Costa do Marfim, que começa oficialmente em abril, caia -33% para 400.000 MT, contra 600.000 MT no ano passado. Além disso, as projeções para a colheita intermédia da Nigéria foram reduzidas para 76.500 MT de uma estimativa anterior de 90.000 MT.
- O Governo da Costa do Marfim pretende aumentar em 50% os preços no produtor de cacau para o cacau de meia colheita. Também o Gana aumentou os preços no produtor em 58% para o resto da campanha de 2023/24. O aumento dos preços que os governos pagam aos produtores de cacau deverá incentivar os produtores que acumulam cacau a entregar mais favas ao mercado, o que poderá aliviar temporariamente a escassez da oferta. Apesar disso, os stocks de cacau da ICE nos portos dos EUA caíram para um mínimo de 3 anos de 4.054.349 sacas em 18 de março.
- Apesar dos preços mais altos, prevê-se que o défice global se prolongue até 2023/24, uma vez que a produção atual é insuficiente face à procura. Em 2016, o fenómeno El Niño provocou uma seca que levou os preços do cacau a atingir um máximo de 12 anos. O mercado vai jogar com o cenário de tal risco novamente.
Fonte: xStation5
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